Noções sobre a vinha e o vinho em Portugal

de Ceferino Carrera


Vinhos Regionais - Vinho Regional Ribatejano


Pequenos retalhos históricos desta Região

Região do Centro de Portugal, que abrange os terrenos da bacia do Tejo entre Abrantes e o começo do mar da Palha. Tem 7500 km2 de área e a população de cerca de 550000 habitantes, abrangendo 17 dos 21 concelhos dos distritos de Santarém e três dos 14 concelhos do distrito de Lisboa. Os seus solos possuem excelentes aptidões agrícolas. Características as suas lezírias, bem como a criação de touros e de cavalos, sem esquecer os excelentes vinhos que aí são produzidos.

ALMEIRIM

" (...) para Almeirim vamos nós que era uma charneca o outro dia, e hoje é um jardim benza-o Deus! - mas não foram os campinos que o fizeram, foi a nossa gente que o sachou e plantou, e o fez o que é, e fez terra das areias da charneca".

In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett

Não sendo uma região húmida por excelência, Almeirim está situado numa área que abrange as margens do Tejo e parte da rede de alguns dos seus afluentes. Por isso, beneficia de extensões alagadiças importantes, entre as quais se destacam as campinas e arrozais de Muge e Benfica do Ribatejo. Importante fonte de riqueza para o município, além da criação de gado, é a produção de cereais e a exploração vinícola.

A ocupação desta região é muito antiga. A proximidade do rio Tejo e a riqueza natural terão sido os factores que mais terão estimulado os homens a instalarem-se aqui, havendo vestígios, por todo o vale do Tejo, da presença humana, desde a pré-história até à época romana. Exemplos disso são o concheiro epipaleolítico do vale da Fonte da Moça, os marcos milenários pertencentes à via romana que ligava Lisboa a Mérida e ainda a villa romana de Azeitada, em Benfica do Ribatejo.

Antiga vila realenga, Almeirim foi fundada em 1411 pelo rei D. João I, o da “Boa Memória”, que aí edificou um palácio. A vila e o paço real foram locais preferidos da dinastia de Avis, nomeadamente, de D. Manuel I, que ordenou a reconstrução do paço. Diversos membros da família real foram atraídos para estas paragens, sobretudo pela abundância de caça.

À estada dos reis e da sua corte em Almeirim está ligada também uma intensa vida cortesã que a vila conheceu neste período. Foram os nobres que aí construíram para si, imitando o rei, boas casas e palácios, em redor do paço real, para onde vinham também caçar e acompanhar a família real. Como consequência da presença da corte em Almeirim, foram representados diversos autos e comédias de Gil Vicente.

Em 1430, D. Duarte, ainda infante, tentou construir em Almeirim uma grande torre, que seu pai, D. João I, mandou demolir por esta não ter ficado perfeitamente aprumada. Não voltou a ser reerguida.

D. João III mandou construir a igreja e o Hospital de Nossa Senhora da Conceição, São Roque e São Sebastião, em 1527, e mandou ainda fundar em Almeirim uma confraria de que faziam parte a rainha, D. Catarina, e os infantes, o duque de Bragança e quase todos os nobres de Lisboa.

Almeirim serviu também por duas vezes de palco a reuniões de cortes. A primeira vez, reuniram-se pela convocação de D. João III para procederem ao juramento do príncipe D. João (pai de D. Sebastião, que nunca chegou a ser rei devido à sua morte prematura) a 31 de Janeiro de 1544. Da segunda vez, as cortes foram convocadas pelo cardeal rei D. Henrique, que viria a falecer nesta vila.

Entre outras pessoas notáveis, nasceram em Almeirim D. Afonso, infante de Portugal, filho de D. João III, frei António das Chagas, autor do "Teatro Jurídico", D. Gonçalo da Silveira, jesuíta martirizado em 1561, D. Fernando, filho de D. Duarte, e D. Manuel I. Supõe-se que o cardeal D. Henrique terá também nascido aqui.

CARTAXO

"Eram dadas cinco da tarde, a calma declinava, montámos a cavalo, e cortámos por entre os viçosos pâmpanos que são a glória e a beleza do Cartaxo; as mulinhas tinham refrescado e tomado ânimo; breve, nos achámos em plena charneca".

In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett

Situado na margem direita do rio Tejo, a cerca de 60 km de Lisboa, o concelho do Cartaxo tem no vinho o seu cartão de visita, intitulando-se mesmo “capital do vinho”. Além de ser um dos grandes centros vinícolas do país, produz, também, cereais e azeite e cria gado bovino. A paisagem é marcada pela variedade, indo das extensas manchas de monocultura, com as longas linhas de vinhedo alinhadas, aos retalhos de pequenos campos cultivados nos seus vales.

O Cartaxo foi uma das muitas povoações vítimas das lutas entre muçulmanos e os cristãos hispano-godos. Quando, em 1093, Afonso VI, rei de Leão e Castela, atacou e tomou Santarém, não só arruinou as muralhas desta antiga cidade, como arrasou um grande número de povoações vizinhas.

No tempo de D. Sancho II, o Cartaxo, que dos mouros aprendeu a melhor cultivar as videiras e as oliveiras, estava praticamente em ruínas. Foi o próprio D. Sancho II quem tomou a iniciativa de repovoar o lugar. Para isso, concedeu as terras do "Reguengo do Cartaxo" ao chanceler Pedro Pacheco, com a condição, entre outras, de este ali construir uma albergaria para acolher os pobres.

Quando se dirigia ao mosteiro de Almoster em peregrinação, a rainha Santa Isabel passava sempre por aqui. Segundo reza a tradição, foi a rainha que começou a chamar Cartaxo ao sítio onde se formou este lugar, por ali existir um grande número de aves com o mesmo nome.

Ao longo dos tempos, o desenvolvimento desta vila deveu-se sobretudo à vitivinicultura e à fama dos seus vinhos. Pelo foral concedido, em 1312, por D. Dinis, já se perdoavam determinadas contribuições a todos aqueles que plantassem vinhas. O foral viria a ser confirmado mais tarde por D. João II e por D. Manuel I, respectivamente, em 1487 e 1496.

Das sete freguesias que compõem o município, Lapa e Vila Chã de Ourique são as de criação mais recente, a primeira por desanexação da Ereira, em 1921, e a segunda por desanexação do Cartaxo, em 1927. Pontével, freguesia de origem muito antiga, remontando ao reinado de D. Afonso Henriques, chegou em tempos a ser a mais importante da região, em termos económicos. Porém, devido à situação geográfica, o Cartaxo superou-a. De Valada, povoação ribeirinha, afirma-se ser origem romana. O concelho do Cartaxo viria a ser criado a 10 de Dezembro de 1815, por D. João VI.

Apesar de ser uma povoação antiga, a malha urbana do Cartaxo é recente, mas conserva, apesar dos atentados urbanísticos dos últimos anos, belas residências de estilo revivalista e de arte nova.

CHAMUSCA

"Num prédio contíguo aos Paços do Concelho esteve escondido Passos Manuel antes de partir para o Porto a organizar a Junta, e numa casa pertencente ao Sr. Adolfo Guimarães habitou durante algum tempo o infante D. Carlos de Bourbon, depois de ser expulso de Espanha".

Iu Guia de Portugal, Volume II

O concelho da Chamusca está situado na margem esquerda do rio Tejo. Integra a sub-região da Lezíria do Tejo e, em termos turísticos, a Região de Turismo do Ribatejo. Faz fronteira com os concelhos de Vila Nova da Barquinha, Constância, Abrantes, Ponte de Sôr, Almeirim, Santarém, Alpiarça, Golegã e Coruche. A população do município vive sobretudo da agricultura. Contudo, o sector terciário (pequeno comércio, restauração e algumas actividades de turismo no espaço rural) tem contribuído para o reforço da economia do município, cujo território é composto por paisagens muito diversificadas, que vão desde as férteis terras da Borda d'Água até à Charneca, na transição para o Alentejo, predominantemente ocupada por floresta.

De início integrada no termo de Santarém (no censo de 1527 a aldeia da Chamusca tinha 156 habitantes), a Chamusca foi, em 1561, elevada a vila, juntamente com Ulme, e a sede de concelho, por alvará concedido durante a regência de D. Catarina, avó de D. Sebastião.

De meados do século XV até à Restauração, a vila pertenceu à Casa dos Silvas, cujo leão púrpura conserva ainda no brasão de armas. A partir de 1643, passou a integrar o património da Casa das Rainhas, tendo-se mantido nesta situação até inícios do século XIX. Os vinhos produzidos nas terras da Rainha eram muito apreciados na corte, tanto que, quando o Marquês de Pombal mandou arrancar as vinhas do Ribatejo, as da Chamusca foram poupadas.

Chamusca teve barcas de passagem em diversos portos ao longo do rio Tejo, dos quais ainda subsiste a que liga o Arripiado a Tancos. Todavia, a principal ligação entre as duas margens é assegurada pela ponte da Chamusca, construída por iniciativa de um chamusquense, nos primeiros anos do século passado.

Profundamente ligada ao trabalho da terra e à criação de gado, a Chamusca tem na Semana da Ascensão e na Festa de Toiros duas das mais importantes expressões da sua identidade rural.

Na gastronomia, o destaque vai para a doçaria, com receitas típicas que dão origem a especialidades como trouxas de ovos, peixe doce, queijinhos de amêndoa, lampreia de ovos, bichanas, corações-de-noiva, ferraduras, chamuscos, arroz-doce, belhozes, broas e toucinho do céu. Os artesãos do município, por seu lado, ocupam-se em especial da cerâmica pintada, latoaria, restauro de móveis, ferro forjado, registos e santinhos.

CORUCHE

"...breve nos achamos em plena charneca. Bela e vasta planície! Desafogada dos raios de sol, como ela se desenha aí no horizonte tão suavemente!".

In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett

O concelho de Coruche é o de maior extensão do distrito de Santarém e o décimo a nível nacional.

Está situado na margem sul do Tejo, numa zona de transição do Ribatejo para o Alentejo. Divide-se em duas zonas distintas: as lezírias do rio Sorraia e uma zona florestal, constituída principalmente por montado de sobro, do qual se extrai dez por cento da cortiça nacional. Grande parte da população activa trabalha na agricultura. No entanto, existe alguma indústria, sobretudo na zona industrial do Monte da Barca, com relevo para a de transformação de produtos agrícolas.

Estas terras foram habitadas desde pelo menos o período Neolítico. Existem aqui vários vestígios pré-históricos, como os do Cabeço do Marco, da Fonte do Cascavel, da Herdade da Agolada e dos terraços da Azervada e da Azervadinha. Bem documentado está também o período romano, com os achados das herdades de Mata -Lobos, Mata-Lobinhos, dos Pavões e da Zambaninha, mas principalmente os da Quinta Grande.

Em 1176, Coruche foi doada por D. Afonso I à Milícia da Ordem de São Bento de Évora (mais tarde Ordem de Avis), com o seu castelo. O foral de concelho foi dado pelo mesmo monarca em 1182, com o consequente aumento populacional e desenvolvimento comercial e agrícola. Privilégios e concessões sucessivas foram atraindo muitos "colonos". Nesta altura, esta região retirava vantagens diversas da sua importante localização, no cruzamento de caminhos para Évora, Santarém, Badajoz, Sevilha e Alcácer.

Em consequência da Lei das Sesmarias, em 1429 foi criado o concelho de Erra (hoje, uma das freguesias de Coruche) que, tendo atingido o seu auge no início do século XVI, decaiu pouco tempo depois.

Os séculos XVI, XVII e XVIII foram de grande importância económica da região, que chegou a ser a primeira a nível nacional no fabrico de cortiça e na produção de vinho. O comércio, na altura, beneficiava de boa navegabilidade do Sorraia, onde se localizavam portos importantes.

O município chegou ao século XX com uma economia baseada essencialmente na produção agrícola, com uma quase total ausência de investimentos a nível industrial e com a predominância de grandes latifúndios, baseados sobretudo na produção de cortiça.

Parte da área agrícola de Coruche é formada pela conhecida charneca, que o escritor Almeida Garrett tão bem descreve nas suas Viagens na Minha Terra:

"...breve nos achamos em plena charneca. Bela e vasta planície! Desafogada dos raios de sol, como ela se desenha aí no horizonte tão suavemente! Que delicioso aroma selvagem exalam estas plantas, acres e tenazes de vida, que a cobrem e que resistem verdes e viçosas a um sol português de Julho!".

SANTARÉM

"O Vale de Santarém é um destes lugares privilegiados pela natureza, sítios amenos e deleitosos em que as plantas, o ar, a situação, tudo está numa harmonia suavíssima e perfeita; não há ali nada grandioso nem sublime, mas uma simetria de cores, de sons, de disposição em tudo quanto se vê e se sente".

In Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett

Integrado na sub-região da Lezíria do Tejo, o município de Santarém está situado na margem direita do rio Tejo, que o limita a leste. Confina com os concelhos de Porto de Mós, Alcanena, Torres Novas, Cartaxo, Almeirim, Golegã, Chamusca, Alpiarça, Rio Maior e Azambuja. A agricultura detém ainda um peso considerável na economia deste concelho, que faz parte da Região Agrícola e de Turismo do Ribatejo.

Na região onde se encontra Santarém existem vestígios de ocupação humana bastante remota. Os primeiros documentos remontam ao século VIII a. C. e estão relacionados com um povoado pré-romano, de provável origem túrdula, que teria depois colaborado com os colonizadores romanos, quando estes chegaram à cidade, em 138 a.C., passando a chamar-lhe Scallabis.

Em 715, foi ocupada pelos mouros e, durante os quatro séculos de ocupação islâmica, a realidade político administrativa alterou -se de forma significativa.

A revolta andalusa contra os almorávidas, em 1144-45, facilitou a conquista por parte do primeiro rei português, em 1147. D. Afonso Henriques concederia foral a Santarém em 1175, confirmado por D. Afonso II, em 1214.

Durante a primeira dinastia, a vila foi residência real e capital do reino durante o reinado de D. Afonso IV e lá se reuniram as cortes por diversas vezes, até finais do século XV A sua importância neste período é atestada por inúmeros privilégios que constam dos seus forais.

Nos séculos XIV e XV, conheceu um período áureo, registando um assinalável crescimento urbano, populacional, económico e político. Em 1373, foi assinado em Santarém o tratado que estabelecia a paz entre o rei castelhano e D. Fernando I. A morte do futuro rei da Espanha, o infante D. Afonso, em Alfange (1491), marcou o fim da presença assídua da corte em Santarém. Em 1506, D. Manuel I concedeu o sétimo foral à vila, confirmando e aumentando antigos privilégios.

O terramoto de 1755 destruiu muito do seu património, em particular quarteirões de bairros e algumas igrejas e conventos. A necessidade de reestruturação obrigou a um esforço considerável na segunda metade do século XVIII.

No início do século XIX, no contexto das invasões francesas, os exércitos de Napoleão entram em Santarém durante a campanha de Junot (1807-1808) e de Massena (1810-1811). A maioria dos escalabitanos apoiou os movimentos contra os franceses, apesar de um pequeno número se identificar com os ideários da França revolucionária.

Em 1868, um dos protagonistas das guerras peninsulares, o marquês de Sá da Bandeira, enquanto ministro do Estado liberal, elevou a vila de Santarém à categoria de cidade, invocando os problemas que sofrera durante a ocupação francesa e a guerra civil de 1832-34.

TOMAR

"A arte de Tomar é o mais expressivo reflexo da história das duas ordens - dos Templários e de Cristo — o que tanto importa dizer de dois capítulos essenciais da história de Portugal nos seus períodos heróicos".

Reinado dos Santos

Situado na margem direita do rio Nabão, o concelho de Tomar está integrado na zona de Lisboa e Vale do Tejo. É limitado a sudoeste pelas serras d'Aire e Candeeiros e confina com os municípios de Ferreira do Zêzere, Ourém, Torres Novas, Abrantes e Vila Nova da Barquinha. A economia concelhia tem na actividade industrial o seu principal suporte.

No vale do Nabão foram encontrados vestígios de povoamento que remonta ao período Paleolítico.

Durante a época de ocupação romana, o território do actual concelho pertencia ao núcleo originário de Sellium, cidade que se situava na margem esquerda do rio Nabão e onde se agruparam, mais tarde, as populações romano-godas e muçulmanas. A presença árabe em Tomar é atestada por numerosos topónimos e pelos engenhos hidráulicos que introduziram na região para a agricultura.

Em 1147, a terra foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques que, em 1159, doou aos Templários o castelo de Ceras com seu vasto termo, a fim de que estes o povoassem. A instalação dos Templários começou pela edificação de Santa Maria, mais tarde Olival. Em 1162, o mestre Gualdim Pais deu carta foral aos futuros povoadores de Tomar.

Em 1438, morreu em Tomar o rei D. Duarte, aqui se recolhera com a rainha e os filhos, fugidos de Évora por causa da peste. Sob a administração do infante D. Henrique, começou um período de obras grandiosas. Em ligação directa com os Descobrimentos, o infante mandou construir na vila o seu paço e autorizou a edificação da sinagoga judaica, em meados do século XV.

Em 1510, D. Manuel I concedeu foral novo à terra e criou a Misericórdia local. Diogo de Arruda, por seu lado, iniciou, no mesmo ano, a construção da chamada Casa do Capítulo do convento de Cristo, executando as respectivas e célebres janelas. Tomar ascendeu, em 1567, à categoria de “Notável Vila”. Em 1581, deu-se o juramento e aclamação de Filipe I perante as cortes reunidas em Tomar.

No âmbito das invasões francesas, Tomar passou por alguns momentos difíceis. Em 1807, entraram na vila as tropas da divisão espanhola de Junot, que impuseram uma contribuição em dinheiro e requisição de víveres. No ano seguinte, os habitantes participaram no movimento insurreccional contra os invasores. A 11 de Agosto do mesmo ano chegam as forças de Loison, que não fizeram estragos. A retirada dos franceses marcou o fim da primeira invasão.

A primeira câmara de Tomar foi eleita em 1822, através de voto popular no quadro da Constituição do mesmo ano. A 31 de Maio do ano seguinte, a Vilafrancada de D. Miguel derrubou a Câmara eleita.

Em 1833, as tropas liberais entraram na vila, substituindo de novo o Senado Municipal. Em 1884, por alvará de D. Maria II, Tomar foi elevada à categoria de cidade.

Para resumir tudo isto, os vinhos produzidos nesta região possuem características bem marcadas e diferenciadas que os tornam bastante apreciados e que justificam a fama que os tem acompanhado desde tempos remotos.

Portaria n.º 370/99, de 20 de Maio, e Portaria n.º 424/2001, de 19 de Abril.

Área Geográfica

Abrange todo o concelho de Azambuja, do distrito de Lisboa, e todo o distrito de Santarém, excepto o concelho de Ourém.

Tipos de vinho Título Alcoométrico Volúmico Mínimo (%Vol.)
Branco 10 Adquiridos
Tinto 10 Adquiridos
Rosado 10 Adquiridos

O Vinho Regional Ribatejano que venha a utilizar o designativo "vinho leve" deve possuir o título alcoométrico volúmico natural mínimo fixado para a zona vitícola em causa, um título alcoométrico volúmico adquirido máximo de 10,5% em volume, devendo a acidez total, expressa em ácido tartárico, ser igual ou superior a 4 g/l e os restantes parâmetros analíticos estar de acordo com os valores definidos para os vinhos de mesa em geral.

Castas Recomendadas

Branca: Alicante Branco, Alvarinho, Arinto (Pedernã), Bical, Cercial, Chardonnay, Chenin, Diagalves, Fernão Pires (Maria Gomes), Fernão Pires Rosado, Galego Dourado, Gewürztraminer, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Moscatel Graúdo, Pinot Blanc, Rabo de Ovelha, Riesling, Sauvignon, Seara Nova, Semillon, Sercial (Esgana Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Trincadeira Branca, Trincadeira das Pratas, Verdelho, Viognier e Vital.

Tintas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonêz (Tinta Roriz), Baga, Bastardo, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Caladoc, Camarate, Carignan, Castelão (Periquita1), Cinsaut, Grand Noir, Grenache, Merlot, Molar, Moreto, Petit Verdot, Pinot Noir, Preto Cardana, Preto Martinho, Syrah, Tannat, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Miúda, Tinta Pomar, Touriga Franca, Touriga Nacional e Trincadeira (Tinta Amarela).

Características Organolépticas

A certificação do Vinho Regional Ribatejano é feita pela Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo.

Vinhos Brancos:

A Cor

Há um grande contraste entre os vinhos brancos ribatejanos de hoje e os do passado, que reflecte bem as diferenças de processos tecnológicos utilizados. Os vinhos actuais são brilhantes, citrinos, por vezes com tonalidades esverdeadas, ao contrario dos vinhos brancos ao estico antigo, onde dominam as cores amarelo palha ou âmbar e onde, frequentemente, se nota um empoado resultante da má clarificação.

O Aroma

Nos vinhos brancos modernos dominam as notas aromáticas de maçã golden e de laranja, mescladas com algumas notas florais, lembrando o moscatel e frutos muito maduros, quando a casta dominante é a Fernão Pires. Nos vinhos brancos de estilo antigo a fruta é pouco evidente, dando lugar, com frequência, a aromas oxidados de maçã e frutos cozidos.

O Sabor

Na boca os vinhos brancos ribatejanos típicos são um pouco pesados, não só pelo corpo e teor alcoólico que têm, mas também, e principalmente, pelo carácter floral e pouca acidez da casta Fernão Pires.

No entanto, há que dizer que com a grande gama de excelentes castas os vinhos desta região são muito mais frescos ...

Vinhos Tintos:

A Cor

Dependendo de vários factores, entre os quais as castas, solos e técnicas de vinificação, os vinhos tradicionais do Ribatejo têm uma variação de cor acentuada que pode ir do rubi aberto ao mais opaco dos vinhos retintos, passando pelo vermelho cereja e pelo casca de cebola.

O Aroma

Tal como a cor, varia muito. Desde frutos vermelhos do tipo cereja, framboesa, até à mais doce das compotas de frutos, passando pela caça, pelos matizes vegetais harmoniosos, podemos encontrar de tudo, no entanto, estes últimos anos a qualidade dos vinhos desta região, é do mais alto gabarito.

O Sabor

Pode apresentar-se desde o vinho simples, acídulo, levemente frutado e com fracos taninos, ao mais aveludados, cremosos, harmoniosos, de alta craveira e concentrado dos néctares que podem ombrear com o melhor que se produz no país e no estrangeiro.

Vinhos Regionais - Vinho Regional Beiras
Vinhos Regionais - Vinho Regional Estremadura

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