Noções sobre a vinha e o vinho em Portugal
de Ceferino Carrera
Vinhos Regionais - Vinho Regional Transmontano
Pequenos retalhos históricos desta Região
O ditado que traduz fielmente o clima regional "Nove meses de Inverno e três de Inferno".
Em Trás-os-Montes e Alto Douro podemos seguir os sinais do tempo, por entre restos pré-históricos, castros, calçadas romanas e castelos, solares e igrejas, deixados numa terra que guardou, com extraordinária persistência, uma harmonia, cada vez mais rara noutros lugares, entre a obra do Homem e a Natureza.
Existem em Portugal poucos sítios menos alterados pela mão do Homem que aquelas paisagens que se desenham, rodeadas e divididas por serranias e ribeiros torrenciais, em terras trasmontanas.
Não estamos, de qualquer forma, diante de um destino de férias clássico, uma vez que, devido às suas características geográficas, esta região manteve-se, em diversos sentidos, parada no tempo, alheia às invasões de forasteiros em sandálias e camisas floreadas que assaltaram outras zonas do país. O contraste e rudeza do clima e a dureza do terreno, que nunca deu nenhuma facilidade à vida na maior parte do território, mantiveram Trás-os-Montes impermeável às modas, entre xistos e granito. As casas de pedra das suas aldeias, sem nenhuma concessão decorativa, testemunham as tradicionais condições de vida na província, que nunca permitiram a abundância. A ausência de grandes riquezas e as difíceis vias de acesso fizeram com que as povoações da província se organizassem em pequenos núcleos, nos quais se impunha a auto-suficiência e a independência de uns em relação aos outros. A necessidade de resistência colectiva criou, desde tempos anteriores aos romanos, meios de governo e instituições comunitárias, ritos e costumes que se perpetuaram nas serras até fascinar antropólogos e etnólogos nos meados do século XX. A antiga organização agropecuária comunal, na qual não se distinguem autoridades nem poderosos, contemplam figuras como "o boi do povo", a "vezeira" e a organização de “conselhos populares” para gerir a vida comunitária. Este modo de fazer as coisas ainda é latente em aldeias do Barroso, de Montesinhos, em Lamas de Alô e Guaranil, por exemplo.
O próprio toponímico da província, “Trás-os-Montes”, além da conotação de distanciamento e inacessibilidade, leva-nos a considerar que o nome foi-lhe dado por diferentes pretendentes a exercer o domínio sobre aquelas terras a partir do “lado de fora”, impondo divisões administrativas que nunca medraram na vida das suas gentes. Sendo uma região habitada desde tempos imemoriais, como provam as numerosas, manifestações pré-históricas e os primitivos castros, muitos deles comidos pelo arvoredo, nunca beneficiou de maneira sensível do que de fora veio. As vias de acesso sempre foram feitas para sacar o que de precioso podia aí existir. Já os romanos exploraram as suas minas de ouro e ferro, com dezenas de milhares de escravos, e deixaram estradas e pontes para escoar o mineral para os portos do mediterrâneo. O poder dos reis de Portugal, sobretudo a partir de D. Diniz, construiu-lhe numerosos castelos e fortificações para preservar as terras sob o seu domínio, e impôs os seus delegados e novos senhores. Algumas povoações, como Vila Real, Freixo de Espada à Cinta e Miranda, receberam obras monumentais de encomenda régia, intentando estabelecer o poder real nas maiores urbes, tendo que conviver com a tradicional organização comunitária. Pelo Douro cresciam em ostentação, enquanto a nobreza do interior, ao igual que os mais humildes, buscavam os frutos da sua tenacidade fora da terra. Já no século XX, a exploração das minas de volfrâmio durante a II Guerra Mundial e as numerosas barragens que se construíram não beneficiaram em nada o desenvolvimento da região, muito pelo contrário.
A sua situação fronteiriça trouxe muitas vezes a guerra a Trás-os-Montes. As guerras fernandinas arrasaram Vinhais e Bragança, o Condestável Álvares Pereira houve de reduzir as cidades de Chaves e Bragança quando estas tomaram partido por Castela, as lutas de Restauração, a Guerra) dos Sete Anos e as invasões Napoleónicas, a pugna entre liberais e miguelistas, entre cartistas e setembristas e as incursões monárquicas de Paiva Couceiro, já no século XX, deixaram sucessivamente o cheiro a pólvora nas serras e nas veigas trasmontanas.
A diocese de Braga, à qual pertenceu quase todo o território de Trás-os-Montes até à instituição do bispado de Miranda, em 1543, pouca influência teve sobre o território. As hierarquias eclesiásticas e os dogmas entravam com dificuldade no campo das crenças e ritos ancestrais praticados por comunidades tradicionalmente isoladas. A única importante congregação própria de Trás-os-Montes foi o Mosteiro de Castro Avelãs, do século XII. Desde o empobrecimento desta, as diferentes ordens religiosas demoraram em chegar. Além do modestíssimo mosteiro cisterciense em Júnias, os primeiros a instalar-se nesta inóspita região foram os Franciscanos. Os princípios de austeridade e tolerância destes eram também os que melhor casavam com o talento dos habitantes de Trás-os-Montes, pouco dados a cultos solenes e especulações místicas. A convivência das comunidades com os seus párocos deu a Trás-os-Montes, no entanto, um sem fim de ermidas emolduradas por imponentes paisagens, situadas algumas vezes em sítios que já tinham sido locais de devoção em tempos anteriores aos romanos. As peregrinações e romarias que se realizavam até estes distantes lugares ajudou, sem dúvida, a manter os caminhos rurais que ligavam, e ligam, cada localidade com os seus vizinhos.
No século XIX continuava a ser o vinho o produto mais atractivo desta zona do interior. Em 1887, era o comboio o encarregado de levar até ao litoral o Vinho do Porto a partir destas terras, mas só em 1906 é que chegava a Vila Real. A seguir a Bragança, em 1908, Chaves, 1922, e Miranda, já em 1932.
Este enorme e custoso projecto de levar o caminho-de-ferro a Trás-os-Montes, hoje em muitos troços abandonado e enferrujado, mostra-se como recordação de uma obra pouco realista e inútil para a região. Por sua parte, os habitantes de Trás-os-Montes seguiram confiando o seu sustento ao cultivo do centeio e ao cuidado do gado bovino nas zonas mais serranas e no planalto, enquanto nas veigas de Chaves, Barroso ou do Cabril, por exemplo, a batata era o cultivo predominante.
Noutros lugares, como Jerusalém de Romeu, intentava-se criar cooperativas que dessem saída ao delicioso mas escasso azeite de Trás-os-Montes, sobretudo quando em 1870, o mesmo ano que as vinhas do Alto Douro foram atacadas pela filoxera, as pragas destroçaram a produção dos bichos da seda que tinham trazido certa prosperidade a muitas localidades trasmontanas.
Hoje, como tantas outras zonas do Interior, a emigração e o abandono são as maiores ameaças que pendem sobre Trás-os-Montes. As termas de Chaves, tão elogiadas já desde os romanos, junto com as do Vidago ou Pedras Salgadas, das quais usufruíram, entre outros, D. Maria Pia, D. Luís e Ramalho Ortigão, ainda no século XIX, e as mais recentes de Carvalhelhos ou Carrazeda de Ansiães, entre outras, podem muito bem ter sido a ponta de lança, esplêndida, de um verdadeiro desenvolvimento sustentável para Trás-os-Montes.
O surgimento de «novas» etiquetas turísticos, como o Turismo de Aventura, o Turismo Ecológico ou o Turismo Cultural, tornou a maneira em que o tempo preservou as diversas paisagens trasmontanas, desde a agreste e grandiosa serrania até aos verdes vales e o extenso planalto, e o seu património cultural, acumulado numa longa e rica história, num destino insuperável, um terreno imaculado, para o descanso e as actividades de lazer ao ar livre.
Um dos eixos termais mais reputados da Europa, o do Alto Tâmega, penedos imponentes, bosques de carvalhais e castanheiros, vales de amendoeiras, rios impulsivos onde abunda a pesca, ermidas e numerosos miradouros, as largas extensões de terreno que se estendem entre gargantas impressionantes, os surpreendentes passeios pelos velhos caminhos empedrados, descobrindo aqui e ali os tesouros culturais e artísticos que a história manteve no «segredo» de Trás-os-Montes, são motivos mais que suficientes para visitar as terras mais além da serra do Marão.
Não devemos esquecer, que já durante a ocupação romana se cultivava a vinha e se fazia vinho nesta região. Na generalidade, os vinhos da região de Trás-os-Montes são bastante diferenciados, segundo os microclimas a que estão sujeitos (altitude, exposição solar, continentalidade, pluviosidade, temperatura, etc.), apresentando características de qualidade dignas de menção. O solos são predominantemente xistosos, aparecendo porém, algumas manchas graníticas e, numa pequena área, manchas calcárias, de gneisses e aluvião. São, de uma maneira geral, solos ricos em potassa mas, pobres em cal e ácido fosfórico.
Decreto-Lei Nº 212/2004, Portaria Nº 1203/2006 de 9 de Novembro
Área Geográfica
Do distrito de Bragança, abrange os concelhos de Alfândega da Fé (freguesias de Agrobom, Alfândega da Fé, Cerejais, Eucisia, Ferradosa, Gebelim, Gouveia, Parada, Pombal, Saldonha, Sambade, Sendim da Ribeira, Sendim da Serra, Soeima, Vale Pereiro, Vales, Valverde, Vilar, Chão e Vilares de Vilariça), Bragança, Carrazeda de Ansiães (freguesias de Amedo, Belver, Fonte Longa, Marzagão, Mogo de Malta, Selores, e Zedes), Freixo de Espada à Cinta (freguesias de Fornos e Lagoaça), Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, (excluindo as propriedades que foram de D Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso, na freguesia de Frechas e as da Sociedade Clemente Meneres, nas freguesias de Avantos, Carvalhais, Frechas e Romeu), Mogadouro, Torre de Moncorvo, (freguesias de Cardanha, Carviçais, Castedo, Gelgar, Felgueiras, Larinho, Maçores, Mós e Souto da Velha), Vila Flor, (freguesias de Benlhevai, Candoso, Carvalho de Egas, Mourão, Nabo, Samões, Trindade, Val de Torno, e Vilas Boas, excluindo as Quintas da Peça e das Trigueiras e as Propriedades de Vimieiro), Vimioso e Vinhais; do distrito de Vila Real, os concelhos de Alijó, (as freguesias de Pópulo, Ribalonga, Vila Chã e Vila Verde), Boticas, Chaves, Montalegre, Murça (freguesias de Carva, Fiolhoso, Jou, Palheiros, Valongo de Milhais e Vilares), Sabrosa (freguesias de Parada de Pinhão, São Lourenço de Ribapinhão e Torre do Pinhão), Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, e Vila Real (as freguesias de Adoufe, Andrães, Arroios, Borbela, Campeã, Constatim, Justes, Lamares, Lamos de Olo, Lordelo, Mondrões, Mouçós, Nossa Senhora da Conceição (parte), Pena, Quinta, São Tomé do Castelo, Torgueda, Vale de Nogueiras, Vila Cova, Vila Marim e Vilarinho de Samardã).
MIRANDA DO DOURO
"O mirandês deriva directamente do latim, segundo formas léxicas próprias, e não do castelhano, galego ou português corrupto, como à primeira vista parece aos menos lidos em filologia"
Abade de Baçal
Localizado numa região planáltica, recortada pelos rios Douro, Fresno e Angueira, o concelho de Miranda do Douro insere-se no nordeste transmontano. Faz fronteira com Espanha e confina com os municípios de Mogadouro e Vimioso. Integrado no Parque Natural do Douro Internacional, a sua população vive sobretudo da agropecuária e do comércio, mas o turismo começa também a conquistar terreno.
Crê-se que a primitiva povoação de Miranda do Douro tenha tido origem num castro edificado na Idade do Bronze. Muito mais tarde, estas terras foram palco de grandes lutas durante o período da reconquista cristã e nas guerras travadas entre Portugal e Espanha, que a deixaram em ruínas. E foi neste estado que o conde D. Henrique acabou por recebê-la.
Apercebendo-se do valor estratégico de Miranda do Douro, D. Afonso Henriques mandou fortificá-la, concedeu-lhe foral e promoveu o seu povoamento. Mais tarde, o filho do primeiro monarca, D. Sancho I, ordenou a construção de uma nova cerca de muralhas. No entanto, as lutas entre D. Afonso II e Afonso IX de Leão levaram de novo à destruição do povoado e suas muralhas. D. Dinis mandou reedificá-las e renovou, em 1286, a carta foral da povoação, promovendo-a à categoria de vila e aumentando-lhe os privilégios, entre os quais o de nunca sair da posse da coroa. Deve-se também a este monarca a demarcação termo do concelho, separando-o do julgado de Algoso.
Na crise de 1383-1385, foi a primeira praça de Trás-os-Montes a manifestar-se a favor do Mestre de Avis. No século XV e XVI, Miranda do Douro prosperou imenso, tanto que, em 1510, D. Manuel I lhe concedeu foral novo. Em 1545, o rei D. João III pediu ao papa que retirasse da extensa diocese de Braga as terras necessárias para a criação de um bispado em Miranda do Douro, ao que o papa Paulo III elevou a vila à categoria de cidade, dando-lhe novos privilégios. Em pleno Renascimento, altura em que foi construída a catedral, a cidade tornou-se o maior centro cultural, social e religioso da província transmontana.
Nas guerras da Restauração, o concelho desempenhou um papel activo. Em 1644, D. João IV mandou reedificar uma vez mais as muralhas, sendo o castelo adaptado ao uso de artilharias, numa altura em que toda a população se defendia dos constantes ataques dos espanhóis que se mantiveram entre 1640 e 1646, em que Miranda do Douro sofreu um duro cerco. Depois, em 1710, foi ocupada pelos espanhóis, ficando em poder destes durante mais de um ano. Voltou a ser recuperada, mas em 1 762 foi novamente invadida. A explosão do paiol de pólvora haveria de ficar na história como um dos episódios mais negros desta época.
No início do século XIX, durante as invasões francesas, Miranda do Douro foi das primeiras terras a revoltar-se contra o domínio francês.
VALPAÇOS
"O viajante tomou-se de amores por um nome, pelo nome de uma povoação que está no caminho de Murça, e que é Carrazedo de Montenegro"
In Viagem a Portugal, de José Saramago
Situado numa zona de transição entre a Terra Quente e a Terra Fria transmontana, num vale fértil, o concelho de Valpaços, essencialmente agrícola, faz fronteira com os municípios de Chaves, Mirandela, Murça, Vila Pouca de Aguiar; Mirandela e Vinhais. Tem a sua altitude máxima na serra da Padrela, a 1147 metros, e a mais baixa a 329 metros, perto do rio Torto. No entanto, o seu principal elemento hidrográfico é o rio Rabaçal, que define a fronteira a este e banha várias freguesias.
O topónimo Valpaços resulta da aglutinação de "Vale", um topónimo bastante comum no país, e "Paço", do latim palatium, de palácio, significando na Idade Média "residência senhorial". Inicialmente, apareceu com a grafia de Vale de Paço e depois Vale de Paços, até ao século XIX.
No território do município foi encontrado um vasto património arqueológico, designadamente monumentos pré-históricos e castros de origem pré celta. Após a invasão dos mouros e consequente reconquista cristã, foi necessário repovoar a região.
Os primeiros documentos escritos em que a povoação aparece citada datam do século XII. O núcleo populacional terá tido origem num baluarte habitado por nobres e famílias senhoriais, atraídas por um conjunto de privilégios concedidos com o objectivo de povoar estas terras. Desta forma, surgiram os primeiros forais, verdadeiras cartas de privilégios aos eventuais moradores.
Em 1273, por intermédio de D. Afonso III, Vale de Paço foi integrada no concelho de Monforte do Rio Livre e, em 1301, no de Carrazedo de Montenegro, agora por ordem de D. Dinis. Mas, com o decorrer dos séculos, estes concelhos foram perdendo importância, enquanto outro, o de Vale de Paço foi ganhando autonomia.
O concelho inicial de Valpaços, criado em 1836, era constituído pelas freguesias de Alhariz, Algeriz, Ervões. Fornos do Pinhal, Friões, Tinhela, Possacos, Rio Torto, Sanfins, Vassal, Valpaços e Vilarandelo. Em 1853, foram extintos os concelhos de Carrazedo de Montenegro e de Monforte de Rio Livre, sendo o primeiro totalmente anexado ao de Valpaços, passando então a pertencer-lhe as freguesias de Jou, Póvoa de Agrações, Santa Leocádia e Moreiras.
Estas três últimas passaram posteriormente para o município de Chaves. Em 1895, as freguesias de Jou, Curmus e Vales passaram a integrar o concelho de Murça, regressando ao concelho de Valpaços, com a excepção de Jou, em 1898.
Valpaços foi elevada a vila em 1861, por referendo do marquês de Loulé e carta de mercê assinada, no mesmo ano, por D. Pedro V. Com esta elevação, a freguesia sede beneficiou de um grande desenvolvimento, tanto populacional com o económico. Em 1999, era elevada à categoria de cidade.
Tipos de vinho |
Título Alcoométrico Volúmico Mínimo (%Vol.) |
Branco |
10 Adquiridos |
Tinto |
10 Adquiridos |
Rosado |
10 Adquiridos |
Castas Recomendadas
Brancas: Arinto (Pedernã), Bical, Branda, Carrega Branco, Cercial, Chardonnay, Chasselas, Côdega de Larinho, Dona Branca, Donzelinho Branco, Dorinto, Fernão Pires (Maria Gomes) Folgasão, Godelho, Gouveio, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia-Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Pinheira-Branca, Pinot Blanc, Rabigato, Riesling, Sauvignon, Semillon, Sercial, Síria, Tamarez, Verdelho, Viosinho e Vital.
Tintas: Alicante Bouschet, Alvarelhão, Aragonêz (Tinta Roriz), Aramon, Bastardo, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Camarate, Carignan, Castelão (Periquita), Cornifesto, Donzelinho Tinto, Gamay, Gorda, Grand Noir, Jaen, Malvasia Preta, Marufo, Merlot, Moscatel Galego Tinto, Mourisco de Semente, Mourisco de Trevões, Pinot Noir, Rufete, Sousão, Syrah, Tinta Barroca, Tinta Francisca, Tinto Cão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Vinhão, Donzelinho Roxo, Gewürztraminer, Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo).
Prova Organoléptica
A Cor
Brancos: Mostram regra geral tons citrinos ou amarelo citrino, visto que na sua maioria são fermentados em inox e consumidos novos ou relativamente jovens.
Tintos: A cor mais comum dos tintos é o rubi, que nalguns exemplares atinge uma concentração digna de realce; em particular nos seus Reservas, a cor granada, por vezes com ligeiras nuances de aspecto tijolo escuro.
O Aroma
Brancos: Os frutos de árvore são os mais comuns (maçã, pêra, ameixa branca, nectarina...), os toques minerais também ocorrem por vezes nos vinhos oriundos de zonas mais frias.
Tintos: Nos vinhos mais ao sul da região aparecem os aromas de frutos maduros do tipo ameixas, cerejas, framboesas, amoras silvestres com matizes de compotas e nos vinhos mais ao norte da região aparecem os morangos, as framboesas mais maduras, assim como, o marmelo doce com nuances amargas.
O Sabor
Brancos: macios e aveludados, ligeiramente acídulos, frescos, por vezes picantes que lembra diversas especiarias.
Tintos: Na parte mais a sul da região, mostram um grande equilíbrio entre o corpo e taninos sem esquecer a sua persistência final e o seu retrogosto revelam bem a raça dos Reservas. De uma maneira geral, mais delicados e menos estruturados nas zonas mais a norte.