Noções sobre a vinha e o vinho em Portugal

de Ceferino Carrera


DOC Vinho Verde


Denominação de Origem Controlada remonta à Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 e limita a norte pelo rio Minho, fazendo-se sentir com uma certa acuidade os efeitos do chamado maciço Galaico - Duriense; a sul encontra as serras de Montemuro (1382 m), de São Macário (1053 m), da Arada (1057 m) e do Arestal (1048 m); a poente o oceano Atlântico como elemento moderador do clima genérico regional, e a leste a uma distância da costa que raramente ultrapassa os 80 km é constituída por sucessivas linhas de alturas, cuja cota máxima média se situa pelos 1200-1300 m e onde se destacam, de norte a sul, as serras da Peneda (1373 m) do Gerez (1434 m), da Cabreira (1102 m), do Alvão (1268 m) e do Marão (1415 m).

Quanto à riqueza hidrográfica, deve dizer-se que, além de numerosos fios de água de menor categoria, esta região contém cinco dos dez principais rios nacionais que, com os seus principais afluentes, lhe dão frescura e proporcionam verdejante panorama, o que de certo modo pode presumir a designação dada do vinho que nela é produzido. São eles: o Minho (com o Coura), o Lima (com o Vez), o Cávado (com o Homem), o Ave (com o Vizela) e o Douro (com o Sousa, o Tâmega e o Paiva).

Na área de produção de vinhos com direito à denominação de origem controlada «Vinho Verde», são reconhecidas as seguintes sub-regiões (Decreto-Lei Nº 263/99, de 14 de Julho e Portaria Nº 28/2001, de 16 de Janeiro, estabelece que na área geográfica de produção de vinhos com direito à denominação de origem Vinho Verde são reconhecidas as seguintes sub-regiões):

  • a) Sub-região de Amarante - integrando os concelhos de Amarante e Marco de Canaveses.
  • b) Sub-região do Ave - integrando os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Fafe, Guimarães, Santo Tirso, Trofa, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e o concelho de Vizela, com excepção das freguesias de Vizela (Santo Adrião) de Barrosas (Santa Eulália).
  • c) Sub-região de Baião - integrando os concelhos de Baião, Resende (excepto a freguesia de Barrô) e Cinfães (excepto as freguesias de Travanca e Souselo).
  • d) Sub-região de Basto - integrando os concelhos de Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Ribeira de Pena.
  • e) Sub-região do Cávado - integrando os concelhos de Esposende, Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro.
  • f) Sub-região de Lima - integrando os concelhos de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca, e Arcos de Valdevez.
  • g) Sub-região de Monção - integrando os concelhos de Monção e Melgaço.
  • h) Sub-região de Paiva - integrando o concelho de Castelo de Paiva e, no concelho de Cinfães, as freguesias de Travanca e Souselo.
  • i) Sub-região de Sousa - integrando os concelhos de Paços de Ferreira, Paredes, Lousada, Felgueiras, Penafiel e, no concelho de Vizela, as freguesias de Vizela (Santo Adrião) e Barrosas (Santa Eulália).

A designação das sub-regiões pode ser utilizada nos restantes produtos abrangidos pelo ERDVV (Estatuto da Região Demarcada dos Vinhos Verdes).

É reconhecida para a sub-região de Monção o uso exclusivo das designações Vinho Verde Alvarinho, Vinho Verde Alvarinho Espumante, Aguardente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes de Alvarinho, Aguardente Bagaceira da Região dos Vinhos Verdes de Alvarinho cultivadas na área da sub-região e aí vinificadas e destiladas.

As vinhas destinadas à produção dos produtos vitivinícolas, devem estar ou ser instaladas em solos com as características a seguir indicadas:

  • a) Amarante, Baião, Basto, Monção e Paiva - Solos litólicos húmicos provenientes de rochas eruptivas (granotos) ou metamórficos (xistos e gneisses) ou em depósitos areno-pelíticos ou litossolos.
  • b) Ave, Cávado e Sousa - Solos litólicos húmicos provenientes de rochas eruptivas (granitos) ou metamórficos (xisto e gneisses) ou em depósitos areno-pelíticos.
  • Lima - Solos litólicos húmicos provenientes de rochas eruptivas (granitos) ou metamórficos (xisto e gneisses) ou em depósitos areno- pelíticos ou regossolos.

Castas

Os vinhos devem ser exclusivamente obtidos a partir das seguintes casta:

  • a) Amarante:

    Brancas - Arinto, Avesso, Azal e Trajadura.

    Tintas - Amaral, Borraçal, Espadeiro e Vinhão.

  • b) Ave:

    Brancas: Arinto, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão.

  • c) Baião:

    Brancas: Arinto, Avesso e Azal.

    Tintas: Alvarelhão, Amaral, Borraçal e Vinhão.

  • d) Basto:

    Brancas: Arinto, Azal, Batoca e Trajadura.

    Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro, Rabo de Ovelha e Vinhão.

  • e) Cávado:

    Brancas: Arinto, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão.

  • f) Lima:

    Brancas: Arinto, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Borraçal, Espadeiro e Vinhão.

  • g) Monção:

    Brancas: Alvarinho, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Alvarelhão, Borraçal, Pedral e Vinhão.

  • h) Paiva:

    Brancas: Arinto, Avesso, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Amaral, Borraçal e Vinhão.

  • i) Sousa:

    Brancas: Arinto, Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura.

    Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro e Vinhão.

As vinhas serão contínuas ou em bordadura, em forma média ou alta, conduzidas em cordões com diversas unidades de frutificação, sendo a poda longa e assentando em vara e talão.

A Denominação de Origem Controlada "Vinho Verde" só poderá ser usada para a identificação dos vinhos brancos e tintos produzidos na região assim como «Aguardente Vínica da Região dos Vinhos Verdes» e Bagaceira da mesma região.

O rendimento máximo de mosto que resulta da separação dos bagaços não pode ser superior a 75 l. Por 100 kg. De uvas, com excepção da casta Alvarinho, cujo rendimento máximo de mosto não pode ser superior a 60 l. Por 100 kg. O rendimento de base por hectare das vinhas destinadas à produção deste vinho é fixada em 80 hl. Para os vinhos da sub-região de Monção, o rendimento base é de 60 hl por hectare.

O título alcoométrico volúmico adquirido mínimo é de 9% vol., com excepção dos vinhos com direito à utilização da designação Alvarinho, que é de 11,5% vol.

A acidez fixa, expressa em ácido tartárico, tem de ser igual ou superior a 4,5 g/l.

Degustação analítica Alvarinho: de uma maneira geral, estes vinhos apresentam-se de aspecto límpido, com desprendimento de gás (agulha), de cor citrina, com aroma de fruta (casta) e sabor acídulo, com um frutado muito pronunciado; mas, ao mesmo tempo de uma macieza que faz com que estes vinhos tenham uma fineza principesca.

Vinificação

O vinho verde será elaborado dentro da região, em adegas inscritas na CVRVV. O teor alcoólico em volume natural mínimo dos mostos a utilizar na vinificação será de 9%. A edulcoração só poderá ser efectuada com mostos de uvas ou mostos de uvas concentrados, oriundos de casta ou área delimitada respectiva, ou ainda com mosto de uvas concentrado e rectificado.

Os vinhos brancos são vinificados de bica - aberta e de preferência em vasilhame em aço inoxidável e controlo de temperaturas. Quanto aos vinhos tintos deverão ser vinificados de curtimenta prolongada.

Características químicas e organolépticas

O vinho verde só deve ser branco ou tinto e deve apresentar as seguintes características:

  • a) Teor alcoólico total, a 20°C igual ou superior a 9% em volume para os vinhos brancos que não tenham sido objecto de enriquecimento, sendo de 9% para os restantes casos.
  • b) Teor alcoólico total, a 20°C dos vinhos apresentados ao consumo - igual ou inferior a 11,5% em volume.
  • c) Anidrido sulfuroso total dos vinhos apresentados ao consumo, em vinhos tintos com açúcar inferior a 5 g/l - 160 mg/l., e em vinhos tintos com açúcar igual ou superior a 5 g/l. - 210 mg/l.
  • d) Anidrido sulfuroso total dos vinhos apresentados ao consumo em vinhos brancos com açúcar inferior a 5 g/l. - 210 mg/l., e em vinhos brancos com açúcar igual ou superior 5 g/l. -300 mg/l.

Degustação analítica

Vinhos verdes brancos: Generalizando, trata-se de vinhos que se apresentam de aspecto límpido com desprendimento de gás (agulha), de cor citrina ou leve descorado, muito aromáticos, de sabor acídulo e muito frutados.

Vinhos verdes tintos: Estes vinhos de uma maneira geral são: límpidos, com desprendimento de gás (agulha), de cor tinto - violeta, aromáticos jovens, lembrando, frutos vermelhos, de sabor acídulo com uma adstringência bastante pronunciada. Estes vinhos não têm qualidade para estagiar - devendo ser bebidos jovens.

Rotulagem

Os projectos de rótulos a utilizar deverão ser submetidos a apreciação prévia da CVRVV, que deverá fazer cumprir a regulamentação comunitária e interna sobre a Rotulagem.

Pode ser utilizado no rótulo o nome de uva ou duas castas para a produção de vinho verde na condição de o vinho ser exclusivamente proveniente de uvas da casta ou das castas indicadas, com excepção dos produtos de edulcoração, e apresentar características organolépticas típicas. Poderá, ainda, ser indicado o nome de uma só casta associada à expressão «casta predominante» se, pelo menos 85% do vinho for proveniente de uvas dessa casta, deduzidos os produtos de edulcoração, e esta for determinante para as suas características.

Os designativos de qualidade adiante indicados podem ser utilizados nas condições seguintes:

  • a) «Escolha», quando o produto tiver qualidade destacada, for proveniente de castas recomendadas, constar de uma conta corrente específica e for engarrafado em garrafas cujo tipo seja aprovado pela CVRVV, com capacidade não superior a 75 cl. rotulada, rolhada e capsulada nos moldes tradicionais;
  • b) «Superior», quando o produto tiver qualidade destacada, um grau alcoólico superior, pelo menos em 1°, ao limite mínimo legalmente fixado, for proveniente de castas recomendadas, constar de uma conta corrente específica e for engarrafado em garrafas, cujo tipo seja aprovado pela CVRVV, com capacidade não superior a 75 cl. rotulada, rolhada e capsulada nos moldes tradicionais;
  • c) «Colheita seleccionada», quando o produto tiver qualidade destacada, um grau alcoólico superior, pelo menos em 1°, ao limite mínimo legalmente fixado, for proveniente de castas recomendadas, constar de uma conta corrente específica e for engarrafado em garrafas cujo tipo seja aprovado pela CVRVV, com capacidade não superior a 75 cl. no qual seja referido o respectivo ano de colheita, rotulada, rolhada e capsulada nos moldes tradicionais.

Aguardentes da região

Os vinhos destinados a aguardentes vínica da região devem ser adequadamente conservados e a sua destilação não deve ser efectuada para além do mês de Março imediato à vinificação. Os bagaços destinados à Bagaceira devem ser conservados de modo a permitir a obtenção de produtos em tudo semelhantes à destilação de bagaços frescos e não devem ser destilados para além do mês de Janeiro imediato à colheita. Estas bagaceiras devem ter um teor alcoólico igual ou superior a 40% vol.

Desejo que os nossos leitores desfrutem deste vinho, extremamente agradável de beber na época quente, visto possuir, além das suas próprias qualidades intrínsecas como vinho, um alto poder dissedentante graças ao elevado teor que contém em ácido láctico, resultante da fermentação maloláctica e a agradável «agulha» tão peculiar neste vinho. que faz também que seja um excelente aperitivo.

Historial da região

A tradição dos vinhos verdes é anterior à nacionalidade e em documentos da Alta Idade Média se encontram referências a vinhas na região.

A primeira demarcação legal foi a estabelecida pela Carta de Lei de 1908 mas só em 1926 o Decreto Nº 12866 de 10 de Dezembro (que veio a ser alterado pelo Decreto Nº 16684 de 22 de Março de 1929 regulamenta a produção e o comércio dos vinhos verdes) estabeleceu a região demarcada nos seus limites actuais, criou o organismo regional comissão de viticultura da região dos vinhos verdes e deu a denominação foros de denominação de origem, mais tarde reconhecida pelo Office International de La Vigne et Du Vin e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Braga - Velha e rica Senhora. A cidade na época romana (século I A. C.) teve a designação de Bracara Augusta, como capital da província romana da Galécia. Em 409 foi conquistada pelos Suevos, que nela instalaram a sua capital até serem subjugados pelos Visigodos, no final do século VI. Durante as guerras liberais foi temporariamente quartel - general do rei D. Miguel, envolvendo-se em perturbações sociais por ocasião da revolução da Maria da Fonte, que eclodiu nos seus arredores, em 1846. Nela teve também início em 28/05/1926, o movimento militar que deu origem ao Estado Novo.

A cidade de Braga tem 60000 habitantes que se distribuem em 16 freguesias. É sede de concelho, de distrito e de província eclesiástica. Constituído por 62 freguesias 10 concelhos e conta com cerca de 145000 habitantes. Possui indústria metalúrgica, têxtil, de calçado e de aparelhos eléctricos. O Distrito abrange 13 Concelhos com 511 freguesias, sendo a sua população de cerca de 740000 habitantes.

Braga Distrito - Possui serras consideráveis: Cabreira (1276 m), Gerês (1438 m). Na sua formação geológica predomina o granito. É banhada pelos rios Vizela, Ave, Este, Cávado, Homem, Neiva. Excelentes pastos; gado bovino, produtos agrícolas, incluindo os melhores vinhos verdes do país. Industrias importantes de chapéus, curtumes, tecidos, cutelaria, perfumes, fundação de sinos e metais.

Tem Universidade e a Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Porto. É de referir entre os seus monumentos, a Sé Catedral, os antigos Paços do Concelho, o Solar dos Biscainhos e o Hospital de São Marcos. Denominada a Roma Portuguesa por ser a arquidiocese mais antiga de Portugal (e porventura da Península Ibérica), apresenta nos seus arredores os Santuários do Bom Jesus do Monte e de Nossa Senhora do Sameiro. Merecem ainda referência a Capela de São Frutuoso, a Igreja de Santa Maria Madalena (Falperra), obra-prima do barroco, e o Mosteiro de Tibães, que foi casa - mãe dos beneditinos portugueses.

Guimarães - Cidade do distrito e arquidiocese de Braga, com cerca de 50000 habitantes situada na falda do monte da Penha a poucos quilómetros do rio Ave. Sede de concelho e de comarca, recebeu foral do Conde D. Henrique, sendo considerado o berço da nacionalidade. Foi elevada à categoria de cidade em 1853. Entre os seus monumentos, realce para o Castelo, Paço dos Duques de Bragança, Igreja de S. Miguel, Paços do Concelho e Igreja da Senhora da Oliveira. Constituído por 73 freguesias, o concelho tem cerca de 160000 habitantes. Tem indústria têxtil, cutelaria, curtumes, calçado e ourivesaria.

Monção - Vila do distrito de Viana do Castelo, com cerca de 2500 habitantes. Fica na margem esquerda do rio Minho. Recebeu foral em 1261. Tem águas minerais. Constituído por 33 freguesias, o concelho conta com cerca de 20000 habitantes. Fica na sua área o Palácio da Brejoeira.

Viana do Castelo - Seis séculos de arquitectura. Cidade e porto do Alto Minho, na margem direita da foz do rio Lima, com cerca de 20000 habitantes. É sede de comarca, de concelho (40 freguesias e cerca de 85000 habitantes) e de diocese (erecta em 3/XI/1977), e capital de distrito (10 concelhos, 288 freguesias e cerca de 250000 habitantes). Inicialmente Chamada Viana da Foz do Lima, recebeu foral de D. Afonso III, em 1258. A partir do século XIV, o seu porto ganhou relevância nas pescas e trocas comerciais com o Norte da Europa. Daqui são naturais navegadores célebres como Gonçalo Velho Cabral, João Álvares Fagundes e Pedro de Campos Tourinho. A sua designação actual derivou de certo acontecimento ocorrido na Guerra da Patúleia: entre 28 de Fevereiro e 7 de Abril de 1847, o Conde das Antas, opositor do governo dos Cabrais, montou cerco à fortaleza, tendo o comandante da praça ido a Lisboa entregar a chave do castelo à rainha D. Maria II. Como agradecimento, a soberana elevou a povoação a cidade, determinando que se passasse a chamar Viana do Castelo. Visto é o seu património arquitectónico, de que se destacam, entre diversos monumentos, a Sé (gótica, do séc. XV) e a Santa Casa da Misericórdia, com azulejos únicos no país. Possui estaleiros de construção naval, activo porto de pesca e indústria de celulose e alimentar.

Arcos de Valdevez - Vila do distrito de Viana do Castelo, com 2500 habitantes. O seu concelho, constituído por 51 freguesias, conta com cerca de 27000 habitantes. É célebre o torneio de Arcos de Valdevez. Ocorreu em 1140, na Veiga do Vez, junto ao rio Lima, entre cavaleiros portugueses de D. Afonso Henriques e leoneses de Afonso VII, rei de Leão e Castela. Por opção dos contendores substituiu a batalha campal. Os portugueses derrotaram os adversários. Fez-se então um armistício o acordo definitivo seria firmado, em 1143, na cidade de Zamora, reconhecendo Afonso VII a D. Afonso Henriques o título de rei de Portugal.

Amarante - Cidade do distrito do Porto, com cerca de 9000 habitantes, que se situa na margem direita do rio Tâmega, e é sede de concelho de 40 freguesias e cerca de 54500 habitantes. O nome de Amarante é de origem polémica - uns atribuem-na aos Turdetanos (cerca de 360 A. C.), enquanto outros se inclinam para o centurião romano Armandus; O seu nome consta já da carta de Reconquista das Terras Portucalenses (1129). Aí viveu, no século XII, São Gonçalo de Amarante e aí edificou uma capela em 1250. Foi incendiada na segunda invasão francesa (1809), como vingança da resistência que o Conde de Amarante (general Silveira) apôs às forças do marechal Soult, causando-lhe muitas mortes. Com 4000 homens apenas, o caudilho português resistiu de 18 de Abril a 2 de Maio à divisão do invasor, obrigando-o abandonar a posição que ocupara. No mesmo local, em Abril de 1834, as forças liberais, comandadas pelo Duque da Terceira, venceram as tropas Miguelistas, chefiadas pelo brigadeiro Cardoso. Além de vinho aqui produzido, é muito importante a indústria de madeira, vestuário e cerâmica. Foi elevada a cidade em 1985.

Vila Verde - Vila do distrito de Braga, perto da margem esquerda do rio Homem, com cerca de 3000 habitantes. Constituído por 58 freguesias, o concelho conta com cerca de 45000 habitantes, abrangendo os coutos e concelho medievais de Aboim da Nóbrega, Cervães, Larim, Penela, Pico de Regalados, Prado, Valdreu e Vila Chá (antiga denominação da actual sede concelhia).

Resende -Vila do distrito de Viseu, com cerca de 3500 habitantes. Sobranceira ao Vale do Douro, foi doada em conta a Egas Moniz cerca de 1130. Constituída por 15 freguesias, o concelho tem cerca de 13500 habitantes. Ficam na área as Caldas de Aregos, onde as águas atingem 70º C.

O vinho em Portugal
DOC Chaves, Planalto Mirandês e Valpaços

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