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«O Douro Vinhateiro não é nenhum fóssil» - Estrutura de Missão do Douro

A nova chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro (EMD) assumiu como prioridade zelar pelo Douro Património Mundial da UNESCO, considerando que é possível compatibilizar a barragem de Foz Tua com a salvaguarda da paisagem. Para Célia Ramos, «o Douro Vinhateiro é uma paisagem viva, não é nenhum fóssil».
Célia Ramos que veio substituir há um mês Ricardo Magalhães adiantou que a missão principal da EMD é «manter o valor» que levou a UNESCO a classificar, em 2011, o Alto Douro Vinhateiro.
«Temos uma área que é Património Mundial que nos compete zelar, e é aí que vamos centrar a nossa atenção. Mas com a certeza absoluta de que essa paisagem depende das pessoas e das actividades», frisou.
Célia Ramos reconheceu a existência de ameaças ao Douro Vinhateiro. «A barragem e outras ameaças, aliás como tudo hoje em dia está ameaçado», acrescentou.
Um relatório elaborado pela Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património, alertou que a construção da barragem, na foz do rio Tua, terá «um impacto irreversível» e constitui uma «ameaça ao valor excepcional universal».
Nesse documento, concluído no final de Junho de 2011 e remetido ao governo português em Agosto, a Icomos aponta os impactos negativos e graves da construção do empreendimento e sublinha que o Estado português não adoptou todos os procedimentos a que está obrigado perante a UNESCO no processo de análise e aprovação do projecto da barragem.
Célia Ramos lembrou que há outras áreas Património Mundial que vivem no seu seio com centrais nucleares. «Portanto, nós temos é de perceber de facto que contrapartidas é que poderemos obter por essa via», salientou. A responsável disse acreditar que é possível fazer a «compatibilidade das coisas».
«O Douro Vinhateiro é uma paisagem cultural, evolutiva e viva, não é nenhum fóssil, cristal. É uma paisagem feita pelos homens e pelas actividades. Eu acredito que é possível compatibilizar as coisas, o aproveitamento dos recursos naturais e a conservação e valorização da paisagem», salientou.
Na dependência do ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, a EMD tem por objectivo dinamizar acções para o desenvolvimento da região duriense e impulsionar parcerias com municípios, empresas e centros de investigação para a valorização económica do território e fomento da competitividade.
Célia Ramos sublinhou que o trabalho da estrutura de missão terá de ser desenvolvido em parceria. «A EMD é uma peça no meio de muitas peças», sublinhou.
Nesse sentido, lembrou a Rede Empreendouro, que une 26 entidades durienses no apoio a iniciativas empreendedoras e inovadoras e que vai realizar entre 2 e 3 de Maio, em Vila Real, um fórum dedicado ao empreendedorismo.
Célia Ramos, de 52 anos, é licenciada em Geografia e Planeamento Regional pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e tem uma pós-graduação em Instrumentos e Técnicas de Apoio ao Desenvolvimento Rural.
Exerceu funções como directora dos serviços de Planeamento e Ordenamento do Território na CCDR-Norte, desde Abril de 2006.

2012.04.22 Café Portugal | sexta-feira, 20 de Abril de 2012



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