Jornalista era um dos maiores especialistas em vinhos em Portugal. Funeral realiza-se esta terça-feira, às 13h, da Igreja de S. João de Deus, em Lisboa, para o Cemitério dos Olivais.
O jornalista e enófilo José António Salvador morreu neste domingo devido a problemas cardíacos, aos 68 anos. Salvador trabalhou em diversos jornais e na SIC. Era também o autor da rubrica de vinhos da revista Visão praticamente desde o seu início.
O jornalista tem vários livros publicados sobre vinhos - um dos mais recentes é a colecção Portugal, Vinhos, Cultura e Tradição, publicada pelo Círculo de Leitores - e sobre Zeca Afonso " Livra-te do Medo " Histórias e Andanças do Zeca Afonso (1985) e José Afonso: O Rosto da Utopia (1994).
Foi "um jornalista empenhado e com especial gosto pela intervenção e pelos prazeres da mesa", lembra José Carlos Vasconcelos, director do Jornal de Letras e que foi director do semanário O Jornal, no qual José Salvador se iniciou, como colaborador, no jornalismo de vinhos.
José António Salvador nasceu em Espinho em 1947. Depois de concluir o liceu no Porto, frequentou a Universidade de Coimbra até ao terceiro ano da Faculdade de Direito.
Em Coimbra viveu na República Ay-Ó-Linda, onde conheceu José Afonso durante as jornadas da tomada da Bastilha em 1968. Como estudante, foi membro do conselho das repúblicas e dirigente da Associação Académica de Coimbra durante a crise universitária de 1969.
Iniciou a carreira de jornalista em Julho de 1969, quando recebeu o convite para ingressar no quadro redactorial do Comércio do Porto.
Despedido daquele jornal em 1970, ingressou na redacção do Diário de Lisboa. Cinco anos depois, no Verão Quente de 1975, já no República, vive o confronto político que abalou este jornal. Passou também pelo Diário Popular, fundou a Gazeta da Semana, fez formação a jornalistas na Guiné-Bissau, em 1977/78.
José António Salvador foi também colaborador regular do Expresso e esteve na SIC desde a fundação do canal, onde fez diversas reportagens e programas.
O funeral realiza-se na terça-feira, 2 de Fevereiro, às 13h, saindo da Igreja de S. João de Deus, à Praça de Londres, em Lisboa (onde fica em câmara-ardente após as 18h desta segunda-feira), para o Cemitério dos Olivais.in "PÚBLICO"
2016.02.01
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