Os membros da família Calem desde cedo, no século XIX, se dedicaram ao comércio com o Brasil possuindo barcos que transportavam principalmente Vinho para lá e madeiras para cá. António Alves Calem (nascido em 1829) percebendo que grande parte da madeira se destinava à Industria da Tanoaria fundou uma no armazém junto à Ponte D. Luís em Vila Nova de Gaia.
Em 1859 deu sociedade ao seu filho António Alves Calem e criou a A.A. Calem & Filho, Lda. Iniciando a produção de Vinho do Porto no Douro, rapidamente a empresa cresce integrando no mesmo negócio o Vinho do Porto, as barricas e o transporte para o importante mercado do Brasil. São do Sec. XIX as compras da Quinta da Foz e da Quinta do Sagrado, ambas no Pinhão.
O seu filho António Calem júnior desenvolveu muito o negócio. Figura importante do Porto da altura, deputado da Nação, Presidente da Associação Comercial do Porto e como Presidente da Misericórdia do Porto recuperou grande parte do seu património espoliada na Republica . De entre os seus filhos dirigiram a empresa Joaquim Calem com funções comerciais e de gestão e José Joaquim Calem responsável da parte Técnica. Atravessaram períodos difíceis na 2ª Guerra Mundial mas foram desenvolvendo o negócio nomeadamente no mercado nacional.
A quarta geração foi representada por Joaquim Manuel Calem responsável pela Associação dos Exportadores do Vinho do Porto á data do 25 de Abril de 1974, tendo tratado dos problemas do sector nesses períodos. Vendida a A.A. Calem & Filho, Lda. em 1997, ficaram as Quintas no Douro.
O representante da quinta geração José Maria Calem desenvolve o negócio do Vinho Doc Douro ao mesmo tempo que vai garantindo a 6ª geração e, mantendo a tradição, produzindo Vinho do Porto.
Muitos anos, muitos tempos bons e maus mas um ponto comum: a preocupação com a Qualidade e o amor ao Douro e ao seu Vinho.
2012.12.16
A Família Calem